domingo, 31 de agosto de 2014

"Devemos beber dois litros de água ao dia"

De vez em quando ouve-se esta recomendação, mas será verdade?

"Drink at least eight glasses of water a day." Really? Is there scientific evidence for "8 x 8"?",
by Valtin H., published in American Journal of Physiology, Nov 2002

8 copos de águas por dia, cada um com 8 onças (0,24l), dando no total aproximadamente 2 litros, é uma famosa recomendação nos EUA. Este estudo concluiu, no entanto, que não existem provas cientificas de que esta recomendação seja certa. Os resultados indicam que pessoas adultas saudáveis a viver em climas temperados e com vida sedentária não precisam de ingerir 2 litros de águas ao dia para se manterem com saúde. O estudo indica ainda que beber 2 litros de água ao dia ou ainda mais pode ser recomendado no tratamento e prevenção de certas doenças e aconselhado em certas circunstâncias, mas não aplicado como regra geral.

- "How much water do we really need to drink?", by Meinders AJ and Meinders AE, published in Ned Tijdschr Geneeskd, 2010.

Afirma que a eliminação de líquidos pela bexiga, para pessoas a viver nas mesmas condições que no estudo anterior, é de 500ml. Assim sendo, uma toma de água diária superior a 500ml produzirá uma urina livre de solutos. O estudo conclui que as recomendações são mais do que adequadas e que maiores quantidades de água não têm benefícios para a saúde relevantes, a não ser para prevenir pedras nos rins recurrentes.


Encontrei ainda outro dado que achei interessante, e é que a nossa fonte de água não tem que ser só líquida, já que esta também se encontra em vários alimentos..

Food
Percentage Water
Lettuce (1½ cup)
95%
Watermelon (1½ cup)
92%
Broccoli (1½ cup)
91%
Grapefruit (1½ cup)
91%
Milk (1 cup)
89%
Orange juice (3/4 cup)
88%
Carrot (1½ cup)
87%
Yogurt (1 cup)
85%
Apple (one medium)
84%


"As vacinas podem estar relacionadas com o autismo"

Já tinha tocado este tema num post anterior, mas como continha apenas um vídeo explicativo e prometi trazer estudos para os mais duvidosos, aqui estamos de novo.
Houve um estudo que relacionou o aumento de casos de autismo nas crianças com as vacinas que elas tomavam, isso criou uma onda anti-vacinas de pais preocupados e a coisa desvariou em grandes proporções. A suposta relação entre o autismo e as vacinas estava num composto chamado "thimerosal", mas um estudo do Instituto de Medicina (IOM) nos EUA concluiu que não há qualquer relação causal entre as vacinas com thimerosal e o autismo. 

O departamento de saúde dos EUA (HHS) encarregou o IOM de fazer um estudo extensivo sobre todo o conhecimento actual e todos os estudos sobre vacinas e os seus efeitos adversos, o relatório emitido chama-se  "Adverse Effects of Vaccines: Evidence and CausalityExternal Web Site Icon" e é de 2011. 
As vacinas investigadas foram:
  • MMR
  • Varicella (for chickenpox)
  • Influenza
  • Hepatitis A
  • Hepatitis B
  • Human papillomavirus (HPV)
  • Meningococcal
  • Diphtheria-toxoid-, tetanus toxoid-, and acellular pertussis-containing vaccines
Os resultados indicam que estas vacinas são geralmente muito seguras e que efeitos adversos severos são bastante raros.

Aqui, está um quadro com um resumo de vários estudos realizados sobre este tema e as suas conclusões. 
Acabamos por concluir que a relação autismo-vacinas é um mito, e que as vacinas são no geral seguras e fazem a sua função, protegerem-nos de doenças infecciosas e contagiosas potencialmente mortais.


Portugal tem uma das taxas de morte por cancro da mama mais baixas da Europa

E isto não é um mito!
A prova vem num documento do Ministério da Saúde, chamado "Ganhos em saúde - Avaliação de indicadores 2001 - 2005. Plano Nacional de Saúde 2004-2010", do qual retirei esta imagem demonstrativa: